PLATÃO, MÍDIA, CIÊNCIA E ALGUMA OUTRA COISA Um amigo, lendo o artigo anterior ( aqui ), me lembrou dum livro chamado como mentir com estatísticas ( aqui ). O autor demonstra uma enormidade de casos onde estatísticas realmente verdadeiras são usadas para manipular a verdade (traduzindo: mentir), bastando algumas manobras (traduzindo: sacanagens) na articulação do texto ou mesmo a própria imagem que apresenta os dados estatísticos. Nas palavras do próprio autor (DARREL HUFF, 1964, relançado): A linguagem secreta da Estatística, com tanto apelo à nossa cultura "baseada em fatos", é empregada para sensacionalizar, inflar, confundir e supersimplificar. Métodos e termos estatísticos são necessários para relatar os dados das tendências sociais e econômicas, das condições dos negócios, da "opinião", das pesquisas, dos censos. Mas sem redatores que utilizem as palavras com honestidade e compreensão, e sem leitores que saibam o que significam, o resultado só poderá ser o a
Descartes propôs chegar à verdade por meio da dúvida. O Círculo de Viena acrescentou a necessidade de verificação. Após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral sem se esquecer a falseabilidade ou refutabilidade, que possa demonstrar que uma ideia/hipótese/teoria pode ser mostrada falsa. A ciência, portanto, é um conhecimento provisório. Por isso a ciência jamais pode impedir o questionamento.