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Mostrando postagens de novembro, 2022

Monstros nascem pequenos... II

A gravidade do que passamos no Brasil, hoje, não é diferente daquilo que já ocorreu diversas vezes pelo mundo. A história é bem clara ao mostrar que as piores ditaduras começaram pequenas e foram se agigantando com a omissão daqueles que por dever deveriam impedi-la, depois, quando realmente o povo percebe, ela já está com proporções quase imparável e, no fim, continuando a omissão dos que têm dever e meios materiais (o poder real, prático) de impedir sua consolidação, o povo, ainda que saturado, dificilmente consegue fazer algo a não ser entregar-se como mártir. Há quem acredite que exista ainda um Estado de direito onde se possa recorrer às leis e às instituições aparentemente legítimas para fazer cessar perseguições e violações a diretos civis e políticos de toda sorte. Já disse que as piores ditaduras tinham leis, tinham constituições, cortes e juízes julgando, tinham polícia, tinham forças armadas, todos funcionando, mas todos contra o povo, fazendo a vontade tirânica da elite dom

Del 1001/1969 x Rel 9.11

O Código Penal Militar (Del 1001/1969), prevê um crime que talvez nem tenha mais sentido entre nós, especialmente alguns. Este crime pode ser cometidos apenas por militares em época de guerra. É o crime de COBARDIA. A cobardia (mais conhecida como covardia), é a falta de coragem, é o medo que faz recuar quem deve agir diante do perigo, é a falta de ousadia no cumprimento de um dever maior. Covarde é o famoso pusilânime. O covarde é o pior inimigo que se pode querer ter, é o tipo que estaria ao seu lado, fingindo ser valente diante da ameaça quando, na hora "H", ele simplesmente recua, foge, trava, ou pior, pode até voltar-se contra você para poder fugir ou agradar o inimigo, buscando ser poupado. O pusilânime prefere o chicote do carroceiro à veneração de toda uma nação.  O covarde, não rara vez, volta-se sempre contra o mais fraco para, sobre esse, despejar sua fúria  por saber que tem medo mortal de lutar contra o real inimigo. Essa frouxidão terrível à nação, o medo daquel

O DIA SEGUINTE: ou a vontade do povo x mundo de fantasia

As eleições (se é que podemos chamar o que aconteceu em outubro de 2022 no Brasil de eleições), não foi inusitada, foi um show daquilo que podemos classificar como o mais profundo desprezo ao que se entende por democracia. E se entendemos democracia como algo que busca efetivar a liberdade de expressão, de opinião, um certo equilíbrio de poderes e igualdade de direitos, de fato, estamos muito longe dela.  O processo de sufrágio, em si, já deixa a desejar vez que as urnas não são confiáveis por inúmeros motivos (procure aqui no blog), e se não bastasse tivemos dois órgãos de cúpula do poder judiciário fazendo praticamente campanha para um "candidato" que, ao invés de estar preso por crimes comuns, acabou "eleito" pela maioria (a mesma maioria sádica que elegeu opositores a ele no congresso e nos Estados). Sim, a ressaca do dia seguinte à ''eleição'' de um sujeito que não se elegeria porteiro de bordel, leva agora milhares de pessoas às ruas (protesto