As eleições (se é que podemos chamar o que aconteceu em outubro de 2022 no Brasil de eleições), não foi inusitada, foi um show daquilo que podemos classificar como o mais profundo desprezo ao que se entende por democracia. E se entendemos democracia como algo que busca efetivar a liberdade de expressão, de opinião, um certo equilíbrio de poderes e igualdade de direitos, de fato, estamos muito longe dela.
O processo de sufrágio, em si, já deixa a desejar vez que as urnas não são confiáveis por inúmeros motivos (procure aqui no blog), e se não bastasse tivemos dois órgãos de cúpula do poder judiciário fazendo praticamente campanha para um "candidato" que, ao invés de estar preso por crimes comuns, acabou "eleito" pela maioria (a mesma maioria sádica que elegeu opositores a ele no congresso e nos Estados).
Sim, a ressaca do dia seguinte à ''eleição'' de um sujeito que não se elegeria porteiro de bordel, leva agora milhares de pessoas às ruas (protesto encabeçado pelos caminhoneiros).
É evidente que, no mesmo dia, a supremíssima corte, pelo supremíssimo ministro, já mandou arrastar à força todos os caminhoneiros das estradas, sob pena de multa de cem mil reais diários (Supremo Tribunal Federal (stf.jus.br)). Será que em breve veremos aqui o que o PM do Canadá fez contra os caminhoneiros e pessoas que os ajudavam? Aguardemos.
Mas como dizia, esse movimento é um reflexo. Mesmo sem liderança, esse povo possui o desejo de real justiça; mesmo sem líderes reais (salvo pouquíssimas exceções), ao soar alguém bem intencionado, vai às ruas bradar por justiça. E é neste meio que surgem os especialistóides em lógica linear e política cartesiana que, vendo surgirem os movimentos, o massacram como se o problema da política nacional fosse o próprio movimento. E muito desses palpiteiros tentaram se eleger e sequer conseguiram.
Esse tipo de especialista político, em seu mundo de fantasia, acha que, sem organização, sem liderança, sem pautas bem definidas, o povo estará apenas a serviço do lado contrário. Mas uma coisa é o desejável, outra, a realidade. O problema é que não vemos esses palpiteiros organizando ou liderando algo num período de tamanha urgência.
Porém, como é que o cidadão, cansado de abusos, de violação à própria vida, vai conter-se em casa, inerte? Me parece que as urgências do povo não permitem fazer cursinhos de geopolítica antes de sair de casa empunhando uma bandeira verde e amarela.
É verdade que as coisas deveriam ter sido diferentes, ter seguido outros caminhos, porém, e agora?
Na minha humilde opinião de leigo, e não me entenda mal, não é hora de piorar a situação 'enquadrando o povo como o lobo da história'. O povo é vítima, vítima de décadas de escolarização esquerdista, de décadas de corrupção etc. E não fosse pelos trinta anos que o Olavo passou ensinando as pessoas a abrir os olhos para a realidade, nem o povo, nem você, estariam fazendo o que fazem hoje.
Não sei qual será o resultado, mas deixemos o povo ser o centro da nação, deixemos o povo exigir seus direitos.
Quem sabe, e Deus permita, mais à frente, com o povo fazendo o que nem políticos, nem inteligentinhos e nem os militares fizeram, as coisas realmente melhorem um pouco e espante a sombra de uma ditadura esquerdista sem precedentes sobre nós.
Afinal, fazer alguma coisa de prático, às vezes, pode funcionar para além de ficar teorizando um mundo que não existe.
Pode ser isso.
Até a próxima.
Atualização (11-11-2022, 9h33):
"... Ademais, o famoso “Gigante Adormecido”, o povo brasileiro, acordou e não há soporífero capaz de faze-lo voltar a dormir. É um novo poder soberano decidido a subjugar ou anular todos os outros..."
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