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COMO ESCREVER UM ARTIGO DIFAMATÓRIO SOBRE QUALQUER COISA



COMO ESCREVER UM ARTIGO DIFAMATÓRIO SOBRE QUALQUER COISA





Lendo as notícias da imprensa, que está sempre de plantão para logo tratar sobre qualquer um que tente fazer algo de bom ou humanamente normal, vemos como é recorrente seus métodos de difamação. Assim, algumas técnicas são usadas para sempre conseguir esse efeito dramático contra o que, num mundo real, seria normal. Vamos ver duas muito fáceis de encontrar.


Primeiro. Crie frases de efeito emocional, manipulando o significado das palavras. Sempre funciona. Por exemplo: "Bolsonaristas extremistas são intolerantes"; não significa nada de concreto porque simplesmente não reflete nada do mundo real, mas parece algo terrível; o que seria bolsonarismo, alguém já te explicou? Mas tudo de mal é relacionado ao termo. Extremistas? Extremo de quê? Por exemplo, não querer matar bebezinhos no ventre materno, isso é extremismo? Ou não querer soltar bandidos condenados, é isso extremismo? Claro que também parece algo terrível porque a palavra extremista está inconscientemente relacionado a nazismo (e há quem nem saiba que o nazismo é o nacional socialismo).

Outro exemplo marcante: "Negacionistas impedem o desenvolvimento". O que se está negando? Qual é a verdade absoluta e inquestionável que não se pode questionar ou que se está negando? Questionar é negar? Querer, por exemplo, a liberdade de escolha para o ser humano, é negacionismo? Exigir resultados ou segurança, ou maiores esclarecimentos é negacionismo? Mas negar o quê mesmo? Emfim.


Segundo. Distorça os fatos o máximo que puder e use palavras sem sentido concreto, caso não possa inventar um fato. Essa técnica é muito utilizada. Por exemplo, se o Presidente diz: O Brasil é um dos países que menos poluem no mundo. Diga: "Presidente acusa outros países"; ou ainda: "Presidente não apresenta propostas concretas". Outro exemplo. Se um médico falar sobre algum remédio que possa ser usado na busca de um tratamento ou alívio para um doente, ou doença, mesmo que a experiência clinica mostre resultados positivos, simplesmente diga: "Fulano está dando tratamentos sem comprovação cientifica"; ou melhor, use no modo negativo: "Fulano não usa tratamentos comprovados pela ciência". Como funciona a ciência mesmo? Você consegue comprovar cientificamente que você existe? Quais os outros tratamentos eficazes comprovados pela ciência? Qual a eficácia deles cientificamente e indiscutivelmente comprovados? Que é ciência? A ciência não aceita mais a evolução ou questionamentos? Se são comprovados, por que não estariam funcionando e por que impedir a tentativa de outros meios?


Por fim.

A ciência funciona assim: Descartes mesmo propôs chegar à verdade por meio da dúvida. Depois, o Círculo de Viena, positivista, acrescentou a necessidade de verificação das coisas se elas são mesmo como se afirma. Após considerar um número suficiente de casos particulares (tem-se de verificar os casos, e nunca aceitar uma declaração de autoridade), conclui-se uma verdade geral (geral, e não absoluta) sem se esquecer a falseabilidade ou refutabilidade, que possa demonstrar que uma ideia, uma hipótese ou uma teoria pode ser mostrada falsa. Por isso a ciência é um conhecimento provisório, e jamais poderá ser alguém impedido de questionar ou mostrar novos estudos, ou efeitos, ou resultados sobre algo.

Deste modo, o que esse jornalismo da carochinha faz é simplesmente usar os meios de comunicação para transmitir uma falsidade e não um relato do mundo real. Nem sequer é um ponto de vista, pois um ponto de vista deve levar algo real, concreto, em consideração no relato. Distorções da realidade e palavras/frases de efeito não são pontos de vista, são técnicas de empulhação.

Essa imprensa brasileira tornou-se um #circo. E por falar em circo, veja nosso novo livro CIRCO DO MUNDO



* Elvis Rossi da Silva é advogado e escritor.




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