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A Digitalização do Mundo

A digitalização do mundo não para (e não há indícios de que parará), e ao que parece essa estrada está sendo construída rapidamente. Não deveria chamar a atenção apenas os benefícios que traz (e não há como negar que existam alguns benefícios), mas junto vêm certos malefícios. Deveríamos perguntar quais são esses problemas, se superam os benefícios, e se podem ser evitados. O problema é o silêncio que impera sobre o que há de ruim nessa digitalização de tudo. Esse silêncio faz com que a implantação desse sistema seja feita sem nenhuma contestação, aceita incondicionalmente por todos (quem se sabe por puro desconhecimento dos detalhes?). Por exemplo, temos a recente Lei 14.382, de 27 de junho de 2022, que veio ‘modernizar’ a lei de registros públicos. Mas, ao lado dos aspectos visíveis, como a desburocratização, vem acompanhando o processo de ‘’digitalização da vida’’ que vai se estendendo sobre tudo como uma sombra, querendo tudo abarcar. À medida que vai abraçando elementos essenciais

O QUE A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 123 NOS DIZ SOBRE O FUTURO?

  "Art. 120 . Fica reconhecido, no ano de 2022, o estado de emergência decorrente da elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais dela decorrentes."   Emenda Constitucional nº 123, de 14.07.2022 - DOU de 15.07.2022.   Observe que vem-se revelando algo que poderá nos levar a duas situações, no mínimo ruins num futuro bem próximo: o caos social ou um governo ditatorial (talvez global) para "conter" o caos. As hipóteses estão mais perto devido a uma escassez de alimentos e de energia que vêm crescendo, seja sob forma de narrativa, seja de fato (e veja que uma hipótese não exclui a outra, ao contrário, podem perfeitamente coexistir). Problema na cadeia de produção e abastecimento já é realidade em muitos lugares.  Esse problema vem sendo "previsto" há tempos. Na verdade, é artificialmente produzido (desabastecimento programado) das mais variadas formas, passando dos livros, revistas, filmes

MITOMANIA, SEGURANÇA E ELEIÇÕES

    Voto Universal, Fiscalização do processo eleitoral, Auditoria dos votos, Opiniões, Jornalistas e Livros, proíba qualquer um destes e teremos algo bem diverso de uma democracia.  Certas autoridades do Estado, que deveriam levantar sempre a bandeira da liberdade, vêm aumentando a perseguição e a criminalização da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e até de pensamento. Expor os riscos ou crimes contra um sistema usado para dar concretude à democracia é um dever cívico . Apenas o criminoso, que não quer ser descoberto, pode argumentar contra esse dever.  O sufrágio é o direito que o cidadão tem de escolher seu representante político (é o voto). Fosse um país sério, mecanismos eletrônicos para exercer o voto seria tema contínuo de discussão.  O sufrágio não pode ter intermediários (mesmo nos sistemas que utilizam o voto indireto, escolhendo-se delegados que depois votarão, o voto direto não deixa de existir no caso da eleição do próprio colegiado e deste para o pre

LIBERDADE, QUESTÃO JURÍDICA OU POLÍTICA?

A liberdade faz parte da natureza humana, a busca de ver-se livre de amarras contrárias ao desenvolvimento do ser; movimento que impulsiona o ser humano ao conhecer, ao saber, ao confrontar  de hipóteses e entender o que acontece na vida. Conhecer não corrompe, ao contrário, impele ao exercício de aprimorar o conhecimento. Pensar que o excesso de opiniões ou a existência de opiniões ruins prejudica a sociedade é um engodo, uma falsa lógica, a alógica dos ditadores, dos sensores. John Milton já deixara muito claro há 4 séculos que "O conhecimento não pode corromper as opiniões se a vontade e a consciência não se corrompem. Porque as opiniões são como as carnes e viandas, algumas de boa qualidade, algumas de má qualidade. Deus mesmo, na visão de Pedro diz: "levanta-te, imola e come", deixando a escolha à discrição de cada um. Alimentos saudáveis pouco diferem no mal que fazem para um estômago doente. Da mesma forma, boas opiniões para uma mente pervertida constituem oportu

DEMOCRACIA, DA FESTA AO GEMIDO.

A democracia no Brasil longe está de ser uma festa, está mais para um gemido. O mero fato de apontar-se um ex-presidente ex-presidiário que só não permanece em cárcere por uma sorte igualável apenas a dos antigos semi-deuses gregos, seria o bastante para, em qualquer país onde o bom direito ou bons costumes ainda fossem observados, levar a população às ruas contra tal ofensa, e a imprensa a rejeitar qualquer menção a tal absurdidade.  Esse flagelo antidemocrático é o mesmo que permitir-se a um pedófilo condenado e solto que concorresse a cargo de professor de jardim da infância como se fosse a mais terna e caridosa vovozinha. Isso é a mais clara e hedionda declaração de que Lula é o sujeito eleito para dar seguimento aos planos da elite financeira (ou meta-capitalista) internacional, visto que Bolsonaro é um grande calo no pé dessa gente. Ver o andamento das coisas como vêm ocorrendo, por exemplo, na China, que não se envergonha de jogar dos dois (ou três) lados do globalismo, é um gra

IDENTIDADE DIGITAL, ESTADO, PRIVACIDADE E PERSONALIDADE HUMANA

    “Privacidade é o poder de se revelar seletivamente ao mundo” - Cypherpunk's Manifesto de 9 de março de 1993.     Ao se falar sobre identidade digital não há como separar os seguintes elementos: Estado e privacidade. Falar em privacidade é falar em direitos da personalidade humana, cuja existência não depende de uma lei positiva (quer dizer, feita pelo Estado), a não ser que você entenda que, para existir como ser humano, você precise do reconhecimento formal do Estado. Falar em direitos da personalidade, então, é falar de humanidade no mais sublime aspecto, reconhecendo-nos como um ser admirável que somos, tanto no aspecto físico quanto psíquico. Sendo assim, falar desses direitos é falar em direitos naturais e irremovíveis. Sim, parece algo circular, e é mesmo, pois a natureza humana, pela sua natureza, irradia e, por essa irradiação, se reconhece as características humanas naturalmente irremovíveis, que, se ‘‘tiradas’’ ou negadas, deixamos de ser humanos e passa