Pular para o conteúdo principal

DEMOCRACIA, DA FESTA AO GEMIDO.



A democracia no Brasil longe está de ser uma festa, está mais para um gemido.


O mero fato de apontar-se um ex-presidente ex-presidiário que só não permanece em cárcere por uma sorte igualável apenas a dos antigos semi-deuses gregos, seria o bastante para, em qualquer país onde o bom direito ou bons costumes ainda fossem observados, levar a população às ruas contra tal ofensa, e a imprensa a rejeitar qualquer menção a tal absurdidade. Esse flagelo antidemocrático é o mesmo que permitir-se a um pedófilo condenado e solto que concorresse a cargo de professor de jardim da infância como se fosse a mais terna e caridosa vovozinha.

Isso é a mais clara e hedionda declaração de que Lula é o sujeito eleito para dar seguimento aos planos da elite financeira (ou meta-capitalista) internacional, visto que Bolsonaro é um grande calo no pé dessa gente.

Ver o andamento das coisas como vêm ocorrendo, por exemplo, na China, que não se envergonha de jogar dos dois (ou três) lados do globalismo, é um grave indício do que poderá ocorrer em nossa terra, já que é a figura internacional mais importe de apoio ideológico e financeiro dos movimentos de esquerda no mundo. Enquanto isso, a mídia toda e políticos oportunistas vão se aliando e se alinhando ao esquema petista para este assumir de vez o poder, dando todos os ares de legitimidade a este sórdido esquema de controle total da sociedade.

E se a maioria da população ainda acredita que as eleições, por si só, são suficientes para garantir a vitória da verdade, já se esqueceu dos milhões de brasileiros nas ruas desde 2013 protestanto contra todo o esquema petista e sendo ignorada como se nada estivesse acontecendo, quando muito, saindo com um prêmio de consolação aqui ou ali, como no caso do impeachment da Dilma.

Por estas e outras é que nada me tira a ideia que a eleição de Bolsonaro (para nossa sorte) foi uma espécie de erro de cálculo nos planos eleitorais petistas e que agora, ao estilo do que aconteceu a Donald Trump, já indica o que deverá ocorrer.

Enquanto isso vemos notinhas aqui e ali de certos grupos e até certos membros das forças armadas buscando a ''lisura'' no procedimento eleitoral enquanto todo aparato eleitoral, militante, da mídia, do arcabouço jurídico do país e de autoridades internacionais vai mantendo a coisa inquestionável, cada vez mais blindada.

Mas como já disse uma vez, a democracia não se faz do dia para a noite e jamais estará perfeita e acabada, pois exige a constante vigilância daqueles que acreditam que a liberdade deve ser defendida não importando o custo contra aqueles que acreditam que a liberdade deve ser destruída, não importando também o custo. O que não faz a democracia é a sonolência e a complacência.

Essa tensão entre direita e esquerda que faz a democracia ser o que é, estaria praticamente morta no Brasil não fosse Olavo de Carvalho ter gritado durando décadas denunciando este esquema comuno-globalista, e hoje alguns de seus alunos e simpatizantes que vêm tentando despertar a consciência dos que dormem e denunciar as práticas mais inverossímeis da velha máquina de mentiras da esquerda. 

Quem ainda duvida do grau da coisa toda, basta observar a perseguição que jornalistas e políticos de direita vêm sofrendo desde 2018.

Nós, cidadãos, precisamos estar prontos para exigir a verdade e obediência à voz da maioria, impedir que a militância de redação e alguns togados decidam os rumos da vida de cada indivíduo e complete de vez o projeto de socializar o país.

Vale lembrar o que Olavo, sempre com razão, já dizia em 2010, alertando esse perigo que, mais do que nunca, está prestes a tornar-se irreversível:



"A militância, adestrada para praticar com boa consciência todos os crimes necessários à eternização da sua liderança no poder, já deixou claro que considera qualquer tentativa de divulgar esses crimes um atentado contra a democracia e – nestes termos — “contra a liberdade de imprensa”. Não se espantem com a enormidade desta última alegação. Ela só mostra que a inversão revolucionária de sujeito e objeto já se automatizou na mente das massas militantes ao ponto de tornar-se uma segunda natureza. Nenhuma dose de fatos e argumentos pode nada contra isso. Nada pode contra isso o julgamento passageiro e difuso de milhões de eleitores. Militância não é uma tendência de opinião: é uma força física.


O problema, portanto, não é saber quem vai ganhar as eleições: é saber se essa força pode ser controlada pela mera pressão de um gás. Terminado o pleito, das duas uma: ou a militância sairá mais forte, ou mais revoltada. Sua periculosidade é a mesma nos dois casos.


Digo isso por um motivo muito simples. Um partido político existe para concorrer a cargos eletivos, ocupá-los durante um tempo e ceder o lugar aos partidos adversários quando derrotado nas eleições. Cabem nessa definição o PSDB, o DEM, o PMDB e algumas outras agremiações. Mas a militância petista e pró-petista nasceu e se constituiu com objetivos infinitamente mais amplos que os de qualquer desses partidos. Ela atua em todos os fronts da vida social e cultural, visando à mutação completa e irreversível da sociedade — o que implica o controle definitivo, e não temporário, monopolístico, e não compartilhado, dos meios de ação política. Ela não ocupa espaços pelo período de uma gestão, como um candidato eleito: ocupa-os de uma vez para sempre, tomando como ameaça “golpista” qualquer veleidade de removê-la do território conquistado.


Se vencer, o esquema petista vai com toda a certeza proceder ao “salto qualitativo” que está preparando há mais de duas décadas, para substituir, ao governo de transição (que assim se autodefine o governo Lula nas discussões internas do partido), o começo da “construção do socialismo”.


E se perder? Um partido político derrotado prepara-se para a revanche nas próximas eleições: a militância revolucionária, na mesma hipótese, simplesmente se mobiliza para defender as posições ocupadas, para assegurar que o resultado das eleições não venha a abalar em nada o poder de que desfruta, no governo e fora dele. Ora, uma das expressões mais claras desse poder é o domínio que a militância exerce sobre o funcionalismo público federal. O governo pode mudar de mãos, mas o Estado vai continuar petista.


Um presidente antipetista terá de escolher: ou vai governar cercado de inimigos, que farão tudo o que puderem para boicotar suas ordens, ou vai tentar demolir a máquina militante que se apossou do Estado. Na primeira hipótese, será assombrado noite e dia pelo espectro da paralisia e do fracasso. Na segunda, vai enfrentar greves, invasões incessantes de prédios públicos, arruaças de toda sorte e eventualmente a possibilidade de uma insurreição armada. Graças ao Foro de São Paulo, esta última hipótese é hoje muito mais viável do que na década de 60, não só no Brasil como na América Latina inteira. As quadrilhas guerrilheiras da época, frouxamente articuladas pela OLAS, Organização de Solidariedade Latino-Americana, eram apenas bandos de crianças, se comparadas ao poderio monstruoso da maior organização político-criminal já montada no continente (sob a proteção da mesma mídia que a ingrata agora acusa de golpista). O que me pergunto é se políticos que morrem de pavor ante a simples hipótese de ser suspeitos de “direitismo” estão preparados para enfrentar qualquer coisa de mais perigoso que uma disputa eleitoral ordeira e pacífica. Se não estão, preparem-se. Vencendo ou perdendo as eleições, preparem-se."




Fico por aqui.


*Elvis Rossi da Silva. Cristão. Advogado. Pós-graduado em Direito Civil e Direito Processual Civil. Pós-graduado em Direito Tributário. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de Marília. Autor de artigos jurídicos. Escritor. Jornalista independente registrado no MTP.

 

Site: Advocacia

 

Livros do autor: Circo Do Mundo  , Fábulas para Hoje  , Pensamentos ao Filho  , Contos Para a Infância , Plúrimas  , Aos Amigos que Não Tenho

 

Telegram: https://t.me/fakingmeter

 
 ___________

 

FAKING METER baseia-se no princípio da apreciação da discussão sobre cultura e política, um diálogo com verdade e honestidade para com o leitor.  

Você nos ajudará a manter um oásis revigorante num deserto cada vez mais contencioso do discurso moderno?

Por favor, considere fazer uma doação agora.

Entre em nosso Telegram - https://t.me/fakingmeter - e saiba como no post fixado.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MITOMANIA, SEGURANÇA E ELEIÇÕES

    Voto Universal, Fiscalização do processo eleitoral, Auditoria dos votos, Opiniões, Jornalistas e Livros, proíba qualquer um destes e teremos algo bem diverso de uma democracia.  Certas autoridades do Estado, que deveriam levantar sempre a bandeira da liberdade, vêm aumentando a perseguição e a criminalização da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e até de pensamento. Expor os riscos ou crimes contra um sistema usado para dar concretude à democracia é um dever cívico . Apenas o criminoso, que não quer ser descoberto, pode argumentar contra esse dever.  O sufrágio é o direito que o cidadão tem de escolher seu representante político (é o voto). Fosse um país sério, mecanismos eletrônicos para exercer o voto seria tema contínuo de discussão.  O sufrágio não pode ter intermediários (mesmo nos sistemas que utilizam o voto indireto, escolhendo-se delegados que depois votarão, o voto direto não deixa de existir no caso da eleição do próprio colegiado e deste para o pre

A POLÍTICA DOS DUENDES

Em homenagem a Bernardo Guimarães ("Orgia dos duendes", poema original do autor). I Meia-noite soou no Congresso, No relógio de sino do salão; E o líder, soberano do processo, Sentou-se no assento de decisão. Deputado apanhava os projetos E no plenário debates acendia, Revirando discursos complexos, Para uma reforma de grande folia. Ao lado, um político astuto, Que saíra do antro dos conchavos, Pendurado num cargo pelo umbigo, Manipulava subornos aos favos. Senador, uma figura amarela, Resmungando com ar carrancudo, Se ocupava em frigir na panela Os acordos com propinas e tudo. Ministra com todo o sossego A caldeira do esquema adubava Com o sangue de um velho premente, Que ali mesmo co'as unhas sangrava. Empresário fritava nas banhas Que tirou das entranhas do Estado, Salpicado com pernas de aranhas, Frescos contratos superfaturados. Vento norte soprou lá na sala, Prestígio na mesa espalhou; Por três vezes ecoou a matraca, Na coalizão o deputado acenou. E o líder com as m

O TERMÔMETRO NOSSO DE CADA DIA

O TERMÔMETRO NOSSO DE CADA DIA OU A LIBERDADE É NEGOCIÁVEL?     As coisas andam para uma alienação da liberdade sem precedentes, onde a população simplesmente aceita qualquer coisa vinda do estado, ainda que sem lei, sem comprovação de eficácia e sem importar o resultado de tudo.   Para mim isto beira à psicose.   A palavra “saúde pública” parece que tornou-se um Pir Lim Pim Pim moderno. Saúde não é e nem tem como ser separada da “vida real”, quer dizer, na vida real, em sua complexidade, a saúde, a economia, o trabalho e a liberdade fazem parte de um mesmo ‘pacote’ . Não é possível separar esses elementos como se fosse um livro de anatomia onde a ‘pessoa’ é vista em partes; ora, nem preciso dizer que não é uma pessoa no livro, mas apenas a figura que a representa; a pessoal real estaria sem vida se fosse dividida como nas figuras, já não seria mais a pessoa. A vida real também é assim. Não bastassem as máscaras (e não vou ficar falando de microbiologia, virologia, infect