Só não vê quem não quer que a indevida invasão de competências, ou melhor, a usurpação de poderes pela cúpula do judiciário e sua intervenção disfarçada de bom-mocismo no Governo Federal é, não apenas uma violação da ordem constitucional, como uma verdadeira ação revolucionária (o ativismo judiciário é parte da revolução universal, do movimento revolucionário). Quando escrevi um artigo (veja aqui ) dizendo isso, pode ter surgido a dúvida em alguns sobre a sutil aparência de normalidade por existir uma constituição ou uma ordem jurídica a qual parece normal. Sindo reiterar aqui que esse discurso de normalidade, de ordem jurídica regular é mero discurso de banco acadêmico, diametralmente oposto à realidade.
Fato é que o que vemos faz parte de um plano maior que contém dentro de si a eliminação gradual da soberania das nações e a criação de governos subservientes à uma elite global, elite faminta por poder, são objetivos que se aceleraram nestes últimos dois anos; e neste processo da NOM existe a necessidade de ir dando fim a toda resistência social que ainda reste ou tente brotar das cinzas.
Por aqui a coisa toda está, evidentemente, tudo muito bem combinada entre ministros e governadores, e estes com prefeitos, para dar ares de plena legalidade a tamanhas sandices, uniformizando, normalizando a coisa toda. Fica claro que as vozes dissonantes são abafadas ou, quando não se as pode calar por completo, são caluniadas e difamadas ao extremo (quando não são perseguidas, presas ou têm a própria subsistência eliminada), num assassinato de reputações sem precedentes.
Uma pena que a mente crassa pense que isso seja "teoria da conspiração", ou como se acostumou chamar agora "fakenews" pelos honestíssimos, seríssimos, sinceros checadores de fatos, verdadeiros cincerros (perdão pelo trocadilho) guiando os tolos para o abismo.
Tocqueville previu como um profeta, e com iluminura, algo que estamos passando hoje, que nas "nações que se pretendem livres, cada um dos agentes do poder tem a faculdade de violar impunemente a lei sem que a constituição do país dê aos oprimidos o direito de se queixar diante da justiça. Nesses povos, não se deve mais considerar a independência da imprensa como uma das garantias, mas como a única garantia que resta da liberdade e da segurança dos cidadãos."
Desse modo, não há como negar, precisaríamos urgentemente não apenas de Deputados, Senadores e Presidente da República que fossem capazes de ir contra esse descaminho, mas, principalmente, precisaríamos de jornais, jornalistas, pregadores, padres, pastores, professores, escritores, com capacidade de ter a mínima vergonha na cara, o suficiente apenas para mostrar a realidade e dizer a verdade à nação, para, um dia, vermos iluminarem-se as consciências tomadas pelo torpor, dissipar o nevoeiro criado por essa elite tirânica e diabólica. É evidente que temos alguns recebendo as chagas de tal mister, mas precisamos de mais. Não havemos de esquecer a importância da generosidade que ajuda os que estão na frente de batalha. E mais, nem havemos de esquecer, principalmente, as indispensáveis e piedosas orações.
Existe uma guerra pela nossa mente, não se esqueça.
Quando o movimento revolucionário vai tomando conta dos meios de comunicação, universidades, mecanismos do Estado, a Redefinição de Termos toma conta de tudo, e toda lei que houver, toda constituição, todo discurso feito estará redefinido para impor a significação que esta mesma elite quiser. As injustiças são definidas segundo os padrões desta elite, a justiça da mesma forma, as perseguições, prisões, matanças ou todo tipo de imposição que seja não são consideradas injustas se servem à causa desta elite dominante.
Não foi agora pouco que um dos ministros da corte 'suprema' disse, arrogando a posição de pai da nação (ou mãe), que "em sua casa entra quem ele quer", ao referir-se a meios de comunicação utilizados pela população? Outro ainda não deu ultimato para que a ministra dos direitos humanos retirasse do ar uma declaração oficial do ministério e a substituísse por outra totalmente oposta e contrária à política governamental? Não mandou a ministra interromper serviço de denúncias de violações de direitos humanos sobre vacinação? E não foi este mesmo ministro do STF que, dias atrás, havia jurado ao Presidente da República que a vacinação não seria obrigatória, como está sendo?
São exemplos simples da semana (da semana que ainda nem começou - hoje é segunda-feira, 14 de fevereiro, 23 horas quando escrevo estas linhas) de que não há tirania para essa elite, eles fazem o que lhes é próprio, atuam conforme sua consciência, alguns realmente acreditam que o mal que fazem é o ''bem''; é o "bem", pois é o necessário para implantar o seu ideal, sua agenda, seus planos (isso quanto aos mais sinceros deles), ainda que isso arruíne a civilização como a conhecemos.
A coisa vai longe, mas fico por aqui.
*Elvis Rossi da Silva é cristão, advogado militante, escritor e jornalista independente registrado no MTP.
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