Pular para o conteúdo principal

PASSAPORTE DE VACINA E DITADURA

  Atualização 09-02-22 às 23:30


“No momento que a fé e a esperança desaparecem, o homem sucumbe. ”

Joost A. M. Merloo

 

 

 

“O gravíssimo problema da vacinação forçada”


 

Paul Craig observou acertadamente o problema do passaporte de vacina ao dizer que toda liberdade civil é transformada de direito para um privilégio do sujeito sob aprovação do governo.

 

Esse gravíssimo problema da vacinação forçada, ou sob coerção (como dizem os juristas), parece não ter alcançado a necessária atenção que merece por aqui. É que, ainda que a vacina transformasse alguém num super-homem ou numa mulher-maravilha, uma vez que um comprovante (passaporte de vacina) entre nessa equação, todo direito humano, toda liberdade civil que já vinha sendo violada é, como se disse, terminantemente transformada de direito (um valor reconhecido e necessário à vida humana em sociedade que deve ser respeitado, lembrando-se que a pessoa é o valor fonte) para um "privilégio" do sujeito, sob aprovação do governo (diga-se, ditadores). Todos os direitos acabam. Acabam, justamente, porque aquele aspecto bilateral (de mão dupla) do direito, passa a ser uma via de mão única, uma imposição absoluta do Estado ao cidadão que, daquele, nada pode exigir (ou mesmo esperar).

 

“Não há terceira possibilidade”

 

Ou o direito tem a sua bilateralidade atributiva respeitada, e tenha como fonte fundante a pessoa, e respeite os valores humanos mais elevados da sociedade, dando garantias de que o cidadão exerça sua condição de humano e cidadão livre, ou a coisa já não é direito. Não há terceira possibilidade.

 

Criar esses passaportes de vacina é um ato tão ilegítimo, tão contrário aos valores de uma civilização livre como criar zonas nas cidades, umas e outras destinadas para esta ou aquela ‘’raça’’.

 

“Seja por medo de punição, seja por falta de valores 

superiores de existência, ou por mero 

condicionamento mental”

 

Esses passaportes, uma vez que façam parte da “vida” da sociedade, são emitidos para aqueles cidadãos que cedem, se rendem à imposição do Estado (seja por medo de punição, seja por falta de valores superiores de existência ou por mero condicionamento mental), esses cidadãos (que agora passam, de fato, à condição análoga à de escravos), obtêm "privilégios" (que na verdade é uma permissão precária do Estado) seja para trabalhar, para ser atendido em hospitais, receber benefícios governamentais, ou meramente freqüentar determinados lugares de lazer.

 

“Jamais voltará para as mãos dos cidadãos

 (ao menos não sem muita luta)”

 

Este poder que saiu das mãos do cidadão e foi entregue ao Estado (aos ditadores) a respeito da posse plena e integridade do próprio corpo (que é a própria expressão física de existência do ser humano), estará vinculado permanentemente ao arbítrio do Estado, e, provavelmente, jamais voltará para as mãos dos cidadãos (ao menos não sem muita luta).

 

Estes cidadãos (que não têm mais direito de autodeterminação sobre seus corpos), passam, assim, a ter essa condição precária de objeto, objeto do Estado, de coisa, de bem dominial que o Estado pode tratar como quer, como foram os escravos de outrora.

 

O nível de absurdo é incrementado pelo uso da 

palavra “ciência” ”

 

Veja que, absurdamente, o fundamento para que, há quase dois anos, Governadores e Prefeitos viessem a tratar o ser humano como mera coisa, (característica que o judiciário hoje em dia já deixa de atribuir aos próprios animais de estimação), foi a arbitrariedade. O nível de absurdo é incrementado pelo uso da palavra “ciência” (ridícula e desonestamente empregada), com propósitos de tirar a liberdade dos cidadãos, aumentar o poder das tiranetes e dar lucros às farmacêuticas.

 

“Palavras usadas abstratamente assumem poderes 

mágicos na política”

 

Se posso parafrasear o filósofo Olavo de Carvalho, é bom lembrar que palavras usadas abstratamente assumem poderes mágicos, especialmente na política. Uma vez que saem da realidade, passam a ser gatilho de um discurso emotivo, evocam, pura e simplesmente, uma emoção. Assim, sem o seu referente, a realidade à qual a apalavra deveria se reportar não existe, tornam-se como “palavras mágicas”. Por exemplo, para qualquer coisa, daqui para frente, a palavra “ciência” ou "emergência", criará uma imagem sem correspondente no mundo real, mas que evoca um sentimento, uma emoção, inserida na vida das pessoas, evocando o medo, e isto é o suficiente para fazer as pessoas agirem conforme a “cartilha” do déspota, ou, caso contrário, você será um “negacionista” (outra palavra fora de contexto, calhordamente usada para enganar).

 

“Pregar o terror ininterrupto e criar o cenário 

artificial perfeito”

 

Fica fácil prever, então, que frases como “emergência de saúde”, “emergência pública”, ou quem sabe "emergência climática", serão (como têm sido) fundamento suficiente para autorizar o ditador a agir sem restrições. Claro que, tudo isso, com uma boa, necessária e infalível ajuda da grande mídia (rádios, TVs, jornais, telejornais, etc.), para pregar o terror ininterrupto e criar o cenário artificial perfeito para que ninguém consiga ver o quadro todo da realidade (guerra de informações ou guerra assimétrica).

 

“E sabe-se lá quantos absurdos mais se poderá inventar, como

 não poder comer carne, ou mesmo 

passear num parque vazio”

 

Agora o Estado é quem diz (usando as palavras mágicas) se você, escravo, tomará um “remédio” experimental, ou se poderá ou não tomar determinado remédio, ainda que um médico tenha prescrito, ou se freqüentará ou não determinado lugar, ou ainda se exercerá ou não um meio de subsistência, ou se poderá viajar ou não, se lhe será permitido comemorar o natal, ou festejar o nascimento dos seus filhos com a família e amigos, quem sabe, quantos filhos terá, ou mesmo não ter, ou se terá de interromper uma gravidez, se deixará ou não alguém viver se tiver determinada doença, ou se poderá ainda manter de terminada fé ou freqüentar um templo, e sabe-se lá quantos absurdos mais conseguirão inventar, como não poder comer carne ou mesmo proibir passeios num parque vazio.

 

“Se o fundamento deste novo estado de coisas é a vontade

dos ditadores, existe, de fato, algum limite 

para esse poder tirânico?”

 

Se o fundamento deste novo estado de coisas é a vontade dos ditadores, existe, de fato, algum limite para esse poder tirânico? A resposta é não; desde que se use a “motivação certa” ou “a magia das palavras” esse novo "direito/dever dos governantes" que vai se consolidando é, ao que vemos, ilimitado, e aí, meu caro, a vaca vai para o brejo; nem mesmo o judiciário foi (ou é) capaz de ver por detrás desta cortina de fumaça levantada por uma rede de engano tão bem engrenada, onde a tentativa mais séria de apresentar as mais robustas e evidentes provas que contrariem o discurso mágico se torna um ato taxado de atentatório à democracia, à vida, à ciência e às instituições sagradas do Estado.

 

Desta forma o limite será, infelizmente, aquele que o ditador do dia disser, jamais será um argumento lógico, jamais será o ser humano como um valor superior. Ao menos até as pessoas acordarem.

 

Isso é o passaporte direto (perdoem-me pelo trocadilho) para mecanismos ainda mais escravizadores, como o crédito social, outro mecanismo de controle usado por uma das piores ditaduras comunistas atuais.

 

 

Pense nisso. Fico por aqui.

 

 

 

*Elvis Rossi da Silva é cristão, advogado militante, escritor e jornalista independente registrado no MTP.

 

 

FAKING METER

baseia-se no princípio da apreciação da discussão sobre cultura e política, um diálogo com verdade e honestidade para com o leitor.

Você nos ajudará a manter um oásis revigorante num deserto cada vez mais contencioso do discurso moderno? Por favor, considere fazer uma doação agora. Entre no Telegram - https://t.me/fakingmeter - e saiba como olhando a mensagem fixada.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MITOMANIA, SEGURANÇA E ELEIÇÕES

    Voto Universal, Fiscalização do processo eleitoral, Auditoria dos votos, Opiniões, Jornalistas e Livros, proíba qualquer um destes e teremos algo bem diverso de uma democracia.  Certas autoridades do Estado, que deveriam levantar sempre a bandeira da liberdade, vêm aumentando a perseguição e a criminalização da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e até de pensamento. Expor os riscos ou crimes contra um sistema usado para dar concretude à democracia é um dever cívico . Apenas o criminoso, que não quer ser descoberto, pode argumentar contra esse dever.  O sufrágio é o direito que o cidadão tem de escolher seu representante político (é o voto). Fosse um país sério, mecanismos eletrônicos para exercer o voto seria tema contínuo de discussão.  O sufrágio não pode ter intermediários (mesmo nos sistemas que utilizam o voto indireto, escolhendo-se delegados que depois votarão, o voto direto não deixa de existir no caso da eleição do próprio cole...

O TERMÔMETRO NOSSO DE CADA DIA

O TERMÔMETRO NOSSO DE CADA DIA OU A LIBERDADE É NEGOCIÁVEL?     As coisas andam para uma alienação da liberdade sem precedentes, onde a população simplesmente aceita qualquer coisa vinda do estado, ainda que sem lei, sem comprovação de eficácia e sem importar o resultado de tudo.   Para mim isto beira à psicose.   A palavra “saúde pública” parece que tornou-se um Pir Lim Pim Pim moderno. Saúde não é e nem tem como ser separada da “vida real”, quer dizer, na vida real, em sua complexidade, a saúde, a economia, o trabalho e a liberdade fazem parte de um mesmo ‘pacote’ . Não é possível separar esses elementos como se fosse um livro de anatomia onde a ‘pessoa’ é vista em partes; ora, nem preciso dizer que não é uma pessoa no livro, mas apenas a figura que a representa; a pessoal real estaria sem vida se fosse dividida como nas figuras, já não seria mais a pessoa. A vida real também é assim. Não bastassem as máscaras (e não vou ficar falando de microbiologia...

FALSA GAFE JURÍDICA E O FUTURO SOMBRIO DO BRASIL

Certas declarações chocariam o mais relapso aluno  primeiranista   de direito ao fazer questionar o significado de liberdade de expressão alicerçado pelos séculos, além de pôr em xeque a aviltada exigência de notável saber jurídico exigido pela Constituição Federal para o exercício de certas funções. Certa autoridade causou “ perplexidade” (para dizer o mínimo) , ao afirmar, em suma, que um criminoso, ao jogar um homem de cima de um viaduto, teria levado ao extremo a liberdade de expressão. Seria risível, não fosse trágico. Para além da mera ignorância, veremos que tal declaração indica um propósito. Porém, vamos por partes. Lembremos antes que a liberdade de expressão está presente em diversas constituições de países livres, além de garantida pelos mais importantes tratados de direitos humanos. Trata-se do direito de manifestar ideias, opiniões, crenças, críticas e visões de mundo sem medo de censura ou punição arbitrária. Esse direito inclui a expressão oral e escrita (e...