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ÀS PESSOAS DO ESTADO

 

Nos últimos dois anos vemos a passividade de grande parte da sociedade diante de medidas tão ditatoriais como as tomadas, por exemplo, pelo Nazismo de Hitler, ações de governantes para controlar a sociedade, satisfazer o interesse de mega-grupos bilionários, como das farmacêuticas, e ainda moldar seu modo de vida, tudo bem disfarçado de “saúde e segurança social”. E o que faz essa passividade toda ser possível?

 

Walt Whitman (século 19), escreveu o seguinte poema:

 

“Aos Estados

 

Aos Estados ou qualquer um deles, ou qualquer cidade dos Estados,

Resiste muito, obedece pouco,

Uma vez obediência incontestada, uma vez totalmente escravizados,

Uma vez totalmente escravizados, nenhuma nação, estado ou cidade desta terra,

jamais retomam depois sua liberdade.”

 

Após décadas e décadas sendo submetidos a uma “educação formadora de cidadãos”, vemos cada vez menos a capacidade de observar a realidade e juntar causa e conseqüência. E não é que seja maldade dos professores que, muitas vezes, estão dando o sangue para fazer seu melhor, mas John Taylor Gatto (emburrecimento programado: o currículo oculto da escolarização obrigatória) nos revela que a instituição escola é psicopática, ela é desprovida de consciência e sua função essencial não é educar, mas ensinar a obedecer.

 

E não é para menos pois, um dos pilares da Nova Ordem Mundial está na reformatação daquilo que se entendia como escola e de todo seu conteúdo para algo que os Revolucionários mundiais precisavam para poder implantar seus planos, e tudo isso de forma aberta, conforme bem definiu H. G. Wells na sua obra: a conspiração aberta: diagramas para uma revolução mundial.

 

E o que vemos, assim, é um processo mecanizado, que atua hoje quase inconscientemente, onde os seres humanos ali submetidos, alunos, vão perdendo a personalidade, onde as relações sociais reais da vida vão se perdendo, e toda capacidade de pensar fora dos limites traçados pelo próprio sistema estatizante é esvaziada ou mesmo punida, e o que se faz é simplesmente obedecer. O que sobra no final deste “moedor de carne” é o “cidadão”, bem comportado e temente ao Estado soberano que sabe o que é o melhor para si e sua família, que tem, e apenas ele tem, as condições de determinar o futuro das pessoas, queiram elas ou não.

 

Por isso é que muitas manifestações de massa da população que vemos hoje (no Brasil e no mundo), ou são absolutamente desconsideradas pelos dirigentes políticos, ou são, simplesmente, tomadas por estes mesmo governantes como ‘’atentados’’ ao “poder” soberano do Estado e a liberdade. Isto porque sabem do medo das pessoas da punição do Estado, que algo como balançar panos nas ruas (isso se algo assim realmente for ocorrer) nada fará contra os tiranos, pois, no dia seguinte, todos terão de voltar ao seu dia a dia e ele, tiranos, continuarão a praticar sua maldade.

 

Nesta toada, o indivíduo (dono de si e de sua vida, capaz de dirigir-se e cuidar de sua família) vai desaparecendo para a coletivização (uma massa sem forma e sem personalidade a quem os governantes se dirigem e dizem ser o único “sujeito” de direito), e surge, então, o medo nas pessoas de demonstrar o que se pensa, de ter uma forma diferente de pensar e de agir; também os bens são ‘’cedidos’’ à socialização, e a propriedade privada não pode mais ser usada pelo indivíduo para se tornar independente do Estado, por fim a consciência de imortalidade da alma humana, a consciência de castigo e recompensa na outra vida se esvazia e cede lugar para uma ‘espiritualização’ sem Deus, onde, no lugar do Criador, surge uma divindade terrena, materialista, utilitarista e mais impiedosa e impessoal que os antigos reis, o Estado.

 

Esse medo de agir contra os tiranos (que acabam absorvendo o Estado em sua própria personalidade, quer dizer, se acham os ‘imperadores’ de todos e reivindicam a missão de criar um “mundo melhor”), é amplificado pela propaganda feita pela Rádio, TV e pelo Show Business. E essa espécie de “incapacidade” de juntar causa e conseqüência, quer dizer, de ver o que está acontecendo na realidade e prever as conseqüências calamitosas do futuro, parece realmente ser proporcional à submissão do indivíduo ao Estado, algo, como dissemos, cultivado desde a infância na estrutura atual da escolarização.

 

Mas, por fim, o que fazer?

 

Bem, talvez, ao abrir os olhos, mas temendo agir, a pessoa deva pensar que, mesmo temendo, a realidade lhe dá a dica de que, no futuro, a coisa pode ser bem pior e, como bem declarou Walt Whitman no poema: “uma vez totalmente escravizados, uma vez totalmente escravizados, nenhuma nação, estado ou cidade desta terra, jamais retomam depois sua liberdade”, então, “resiste muito, obedece pouco”.

 

Santo Agostinho disse: "uma lei injusta não é lei alguma".

 

Resiste muito, obedece pouco... Resiste muito, obedece pouco.

 

 

 

 

*Elvis Rossi da Silva é cristão, advogado, escritor e jornalista independente registrado no MTP.

 

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