Pular para o conteúdo principal

DO MEDO À DEPENDÊNCIA PSÍQUICA E QUÍMICA: COMO OS GLOBALISTAS USAM TÁTICAS VELHAS COM ROUPAS NOVAS

Entre os viciados em drogas de toda a espécie, frequentemente se encontram os que anseiam por um estado especial de êxtase e de euforia, por uma impressão de viver acima das preocupações cotidianas,. "Tu tens a chave do Paraíso, ó justo, ó sutil e poderoso ópio!", exclama Thomas de Quincey em suas "Confessions of an English Opium Eaters". Embora o estado de êxtase seja diverso para cada pessoa que o experimenta, o viciado sempre afirma que a droga o transporta para o paraíso perdido de seus sonhos; traz-lhe um sentimento de eterna euforia e de livre encantamento que o arrebata para além das restrições da vida e do tempo.

Em estado de êxtase, o homem reorganiza o universo de acordo com os seus próprios desejos e, ao mesmo tempo, busca comunicar-se com a Mais Alta Ordem das coisas. Mas o estado de êxtase tem aspectos positivos e negativos. Pode representar o sentimento mistico do Iogue, de unidade com o universo, mas pode, também, significar o estado de intoxicação crônica do borracho ou a paixão de alguns estados de psicose maníaca. O mesmo sentimento pode exprimir a intensificação da experiência espiritual de um grupo de estudiosos e, por outro lado, ser encontrado em linchamentos e motins. Há muitas espécies de êxtase: êxtase estético, êxtase místico e êxtase mórbido e tóxico.

O anseio pela experiência extática não é um anseio individual, apenas; muitas vezes, chega a abranger um grupo todo. Quando a REPRESSÃO SOCIAL se torna muito incômoda, civilizações inteiras podem entregar-se a orgias descomedidas, como se viram nas bacanais gregas e na contagiante dança furiosa da Idade Média. Nessas orgias coletivas, não se usam necessariamente estimulantes artificiais. A INFLUÊNCIA HIPNÓTICA que se sofre por PARTICIPAR DA MULTIDÃO pode produzir a mesma perda de autodomínio e do sentimento de união com o mundo exterior que se atribui as drogas. Nas orgias coletivas o indivíduo perde consciência e autodomínio. Podem desaparecer suas inibições sexuais; TEMPORARIAMENTE, ele se sente ALIVIADO de suas FRUSTRAÇÕES PROFUNDAS e da carga de sentimentos de culpa inconscientes. Empenha-se em reexperimentar as deliciosas sensações da infância, a mais completa entrega às necessidades e aos desejos de seus próprio corpo.

A participação extática nos arrebatamentos de massa é o mais antigo psicodrama do mundo. TOMAR PARTE EM QUALQUER AÇÃO COMUM provoca, para cada indivíduo do grupo, CATARSE E DESCARGA EMOTIVA tremenda. Este sentimento de participação da onipotência mágica do grupo, de reunião e comunhão com forças que tudo abarcam no mundo, produz, na pessoa normal, euforia e, no fraco, um aparente sentimento de força. O demagogo que for CAPAZ DE PROVOCAR tal liberação extática nas massas pode estar SEGURO DE SUA RENDIÇÃO ao seu poder e à sua influência. Os ditadores gostam de organizar esses rituais coletivos, para servirem a seus propósitos ditatoriais.

Desde que se conhece como ser consciente, o homem tentou, de tempos em tempos, quebrar a inevitável tensão existente entre ele e o mundo exterior. Quando a vigilância mental não pode, uma vez por outra, ser relaxada, quando o homem é obrigado a um contato muio íntimo e constante com o mundo, ele tenta afogar-se nas águas profundas do esquecimento. Êxtase, sono provocado por drogas, com todas as suas fantasias e delíquios de exaltação mental, são meios que temporariamente o aliviam do esforço penoso de conservar o ego e sentimentos intactos e alertas. As drogas têm o poder de conduzi-lo a esse estado e qualquer vício pode ser explicado como uma necessidade contínua de fuga. O corpo coopera com o espírito nessa busca de evasão da vida de modo que gradualmente, as drogas se tornam tanto uma necessidade do corpo como uma exigência emotiva.

Entre criminosos, é comum dar aos membros da quadrilha drogas que têm poder de viciar, como cocaína e heroína, a fim de os tornar mais submissos ao cabeça que os dirige. O HOMEM que FORNECE A DROGA torna-se uma espécie de DEUS para os membros do bando. São capazes de ir até o inferno por ele, a fim de OBTEREM a droga de que tem tão DESESPERADA NECESSIDADE.

Nas mãos de um tirano poderoso, essa medicação com vistas à sujeição pode tonar-se extremamente perigosa. Não é inconcebível que um ditador diabólico intente usar o vício como MEIO de levar um povo REBELDE À SUBMISSÃO. Em maio de 1954, no correr de uma discussão na Organização Mundial de Saúde, revelou-se que a CHINA comunista, ao passo que proibia o uso de ópio dentro de suas próprias fronteiras, contrabandeava-o e exportava-o em grande quantidade para os países vizinhos, que se viam, em consequência, compelidos a MANTER LUTA constante contra o vício do ópio entre suas populações e contra a PASSIVIDADE RESULTANTE DO USO DA DROGA. Ao mesmo tempo, de acordo com os dirigentes da Tailândia que tinham feito a denúncia e pedido auxílio às Nações Unidas, a China comunista mandava para a Tailândia toda sorte a de PROPAGANDISTAS de subversão da ordem. A Tailândia acusava os chineses de estarem empregando todos os estratagemas conhecidos para infestar o povo siames com sua ideologia; ENFRAQUECIMENTO MENTAL ATRAVÉS DO ÓPIO, folhetos, rádio, campanhas sorrateiras e outros do mesmo gênero. 

Os Nazistas seguiram estratégia semelhante. Durante a ocupação da Europa ocidental, provocaram artificialmente escassez de medicamentos comuns, suspendendo a exportação regular de drogas curativas para os países "inferiores". No entanto, fizeram uma exceção para os barbitúricos. Na holanda, por exemplo, em muitas drogarias, esses produtos eram facilmente adquiridos sem prescrição médica, o que ia inteiramente de encontro à legislação habitual do país. Ao mesmo tempo que não se encontravam os produtos terapêuticos adequados para tramento médico, DISTRIBUÍAM-SE COM LARGUEZA as DROGAS QUE CRIAM PASSIVIDADE, dependência e letargia.

O ditador totalitário sabe que as drogas são seus parceiros. Era a intenção de Hitler, na chamada GUERRA BIOLÓGICA, enfraquecer e subjugar os países que cercavam o Terceiro Reich, quebrando para sempre a sua espinha dorsal, FOME E VÍCIO se contavam entre os seus mais valiosos INSTRUMENTOS ESTRATÉGICOS.

Que tem tudo isso a ver com a propagação crescente do vício... entre nós? Já fiz referência ao aumento alarmante de mortes em consequência de barbitúricos. Gostaria, porém, de acentuar ainda mais as suas consequências políticas e psicológicas. A DEMOCRACIA E A LIBERDADE terminam onde começa a escravidão e a submissão a drogas... Democracia pressupõe COMPREENSÃO E ATIVIDADE LIVRE, escolhida pela própria pessoa; significa domínio amadurecido de si mesmo e independência. Qualquer homem que escapa da realidade por meio do uso... de drogas, deixa de ser um agente livre; já não é mais capaz de exercer qualquer domínio voluntário sobre sua mente e sobre seus atos. Já não é mais um indivíduo responsável... o vício de drogas prepara o PADRÃO DA SUBMISSÃO MENTAL tão de gosto do LAVADOR DE CÉREBRO TOTALITÁRIO.


Trecho do livro de Joost A. M. Merloo: Lavegem cerebral, menticídio: o rapto do espírito.



PENSE, pense mais, mais!




*Elvis Rossi da Silva é Advogado e escritor.




Comentários

  1. Respostas
    1. Obrigado pelo comentário
      Ajude a divulgar. Precisamos de um despertar grande.
      Deus abençoe.

      Excluir
  2. Nossa e pra pensar e tentar entender

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pelo comentário
      Ajude a divulgar.
      Deus abençoe.

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

MITOMANIA, SEGURANÇA E ELEIÇÕES

    Voto Universal, Fiscalização do processo eleitoral, Auditoria dos votos, Opiniões, Jornalistas e Livros, proíba qualquer um destes e teremos algo bem diverso de uma democracia.  Certas autoridades do Estado, que deveriam levantar sempre a bandeira da liberdade, vêm aumentando a perseguição e a criminalização da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e até de pensamento. Expor os riscos ou crimes contra um sistema usado para dar concretude à democracia é um dever cívico . Apenas o criminoso, que não quer ser descoberto, pode argumentar contra esse dever.  O sufrágio é o direito que o cidadão tem de escolher seu representante político (é o voto). Fosse um país sério, mecanismos eletrônicos para exercer o voto seria tema contínuo de discussão.  O sufrágio não pode ter intermediários (mesmo nos sistemas que utilizam o voto indireto, escolhendo-se delegados que depois votarão, o voto direto não deixa de existir no caso da eleição do próprio colegiado e deste para o pre

A POLÍTICA DOS DUENDES

Em homenagem a Bernardo Guimarães ("Orgia dos duendes", poema original do autor). I Meia-noite soou no Congresso, No relógio de sino do salão; E o líder, soberano do processo, Sentou-se no assento de decisão. Deputado apanhava os projetos E no plenário debates acendia, Revirando discursos complexos, Para uma reforma de grande folia. Ao lado, um político astuto, Que saíra do antro dos conchavos, Pendurado num cargo pelo umbigo, Manipulava subornos aos favos. Senador, uma figura amarela, Resmungando com ar carrancudo, Se ocupava em frigir na panela Os acordos com propinas e tudo. Ministra com todo o sossego A caldeira do esquema adubava Com o sangue de um velho premente, Que ali mesmo co'as unhas sangrava. Empresário fritava nas banhas Que tirou das entranhas do Estado, Salpicado com pernas de aranhas, Frescos contratos superfaturados. Vento norte soprou lá na sala, Prestígio na mesa espalhou; Por três vezes ecoou a matraca, Na coalizão o deputado acenou. E o líder com as m

O TERMÔMETRO NOSSO DE CADA DIA

O TERMÔMETRO NOSSO DE CADA DIA OU A LIBERDADE É NEGOCIÁVEL?     As coisas andam para uma alienação da liberdade sem precedentes, onde a população simplesmente aceita qualquer coisa vinda do estado, ainda que sem lei, sem comprovação de eficácia e sem importar o resultado de tudo.   Para mim isto beira à psicose.   A palavra “saúde pública” parece que tornou-se um Pir Lim Pim Pim moderno. Saúde não é e nem tem como ser separada da “vida real”, quer dizer, na vida real, em sua complexidade, a saúde, a economia, o trabalho e a liberdade fazem parte de um mesmo ‘pacote’ . Não é possível separar esses elementos como se fosse um livro de anatomia onde a ‘pessoa’ é vista em partes; ora, nem preciso dizer que não é uma pessoa no livro, mas apenas a figura que a representa; a pessoal real estaria sem vida se fosse dividida como nas figuras, já não seria mais a pessoa. A vida real também é assim. Não bastassem as máscaras (e não vou ficar falando de microbiologia, virologia, infect