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A ESTIGMATIZAÇÃO COMO UM MEIO DE CONTROLE DA SOCIEDADE

A ESTIGMATIZAÇÃO COMO UM MEIO DE CONTROLE DA SOCIEDADE

 

 

Tanto aqui como no mundo, a estigmatização (taxar alguém de ridículo, maluco, teórico da conspiração, terrorista, por exemplo) é um método para atingir dois objetivos bem claros, o primeiro é eliminar o oponente, aquele que poderá dar início a um despertar na sociedade; o segundo, é eliminar ou reduzir o senso de proporções das pessoas.

 

O método pode ser a famosa risadinha, quando a autoridade quer "dar uma de superior" (sem nunca apresentar argumentos convincentes contra o outro), como se risadinhas fossem um tratado sobre um tema complexo, ou Pode ser mais elaborado, como atribuir ao sujeito a pecha de maluco, teórico da conspiração ou, algo mais grave, como antidemocrático ou terrorista (sempre sem apresentar argumentos convincentes contra o estigmatizado).

 

Isso leva à seguinte pergunta: a quem interessa destruir a reputação de alguém por meio destas artimanhas aparentemente tão inofensivas?

 

Quando um assunto simplesmente não interessa à uma pessoa comum (você ou eu, por exemplo), simplesmente ouvimos e, naturalmente, logo esquecemos, ou deixamos o interlocutor falando ao vento. Mas existem aqueles que, embora digam que o que certo sujeito está falando seja ridículo, maluquice, teoria da conspiração ou coisa semelhante, a coisa assume outro nível. Se fosse isso mesmo, uma mera maluquice, bastaria deixar de lado, não é mesmo?!

 

Mas a coisa assume proporções inimagináveis em alguns casos, como no de Olavo de Carvalho, onde o nível de difamação lançado contra o filósofo (tomando difamação como termo designativo para todo tipo de acusação possível) tem volume inabarcável; canais de TV, programas de rádio, jornais, revistas, sites, blogs, livros, youtubers, políticos, outros "filósofos", artistas, professores, redes sociais etc., lançam-lhe uma quantidade de difamações (e perseguições) impossíveis de se responder ou defender; é evidentemente um fenômeno digno de nota, que parece nunca ter acontecido antes contra uma pessoa comum (aliás, ele mesmo denuncia isto).

 

Tais atos de difamação e perseguição atingem uma gama grande de pessoas que são consideradas um risco para o establishment, por exemplo, Alex Jones (do jornal InfoWars), Paul Joseph Watson (colaborador do InfoWars), Alan dos Santos (do Jornal terça livre), Tucker Carlson (da rede de tevê Fox News), Oswaldo Eustáquio (jornalista), e a lista vai longe.

 

Mas a quem interessa destruir a reputação de alguém? A pergunta é respondida em sabendo-se: quem é estigmatizado, o que é que esse ser tão perigoso está falando, contra quem ele está falando, e quem são e quantos são os perseguidores.

 

Respondendo se verá que o trabalho de estigmatização é um trabalho de perseguição sistemática (sistemática porque é um trabalho pensado, bem elaborado - há o de cima que chega em certa pessoa, este chega em alguém de certo canal, depois em outro que tem acesso a alguém de um jornal, que influencia uma revista, que tem contato editoras, depois donos de blogs e assim vai, e tudo geralmente financiado ou pelo Estado ou entidades interessadas), afinal, o risco para aqueles que querem manter o poder sobre as massas é grande.

 

A verdade, então, para esses perseguidores, tem de ser combatida pois, caso as massas comecem a acreditar (confiabilidade do sujeito atacado) a autoridade dos perseguidores é enfraquecida (isso pode trazer-lhes prejuízos ou cadeia mesmo).

 

Desta maneira, qualquer outra fonte de verdade que não seja o Estado e a beautiful people (as pessoas famosas, a mídia que lhes dá a fama e a classe acadêmica) como diz Olavo de Carvalho (veja aqui), deve ser calada e, se possível, arruinada, fazendo com que o povo veja no estigmatizado a própria imagem do ridículo e da alienação.

E o senso de proporções?

 

É isso; quando você introduz essa técnica do deboche ou acusação sobre aqueles que ousam pensar fora da caixa, fortifica-se dois mecanismos de controle da sociedade, a confiança na "autoridade" oficial, e o receio/medo (ou até a incapacidade) de observar a proporcionalidade das coisas, a pessoa simplesmente perde o senso de ponderação entre aquilo que é dito e os valores da realidade, passando a acreditar em qualquer coisa apresentada pelas autoridades.

 

Assim, o povo vai cada vez mais perdendo o senso de proporções, enquanto aqueles que tentam sair de baixo desse sistema opressor são estigmatizados e tirados de cena. Coisa  comumente usada, diga-se de passagem, pela esquerda.

 

Fico por aqui.

 

 

*Elvis Rossi da Silva é advogado e escritor.





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