Pular para o conteúdo principal

O QUE É OU DEVERIA SER UM PROJETO DE LEI?

O QUE É OU DEVERIA SER UM PROJETO DE LEI?

Em seu processo inicial de elaboração, a lei é uma proposta, ou seja, um projeto que deverá seguir um procedimento para chegar a ser lei.

Quem faz Lei é o poder Legislativo (Deputados, Senadores e Vereadores) e, todo projeto deveria passar por um amplo debate antes de se tornar uma lei e obrigar a sociedade.

Isso porque o legislativo representa (ou deveria representar) a vontade do povo e, pelos Princípios Democráticos, deveria passar pelo conhecimento público. Isso evitaria que uma lei injusta, incoerente, inapropriada para o momento  ou mesmo um absurdo se tornasse uma lei.

Com qual objetivo?

Primeiramente porque a lei criará sempre um dever para o cidadão, ainda que beneficie alguém, para outro haverá alguma obrigação (não existe direitos sem obrigações, estes são os dois lados da mesma moeda).

Segundamente, porque o maior interessado é, justamente, aquele que terá de obedecer a lei, o povo. Não basta uma comissão de "gênios" perfeitos para debater e aprovar uma lei, cada projeto deveria  passar pelo povo para ele, o maior interessado, saber o que significará na prática, como o atingirá, para aprova-lo ou não.

Terceiro; isso impediria a chuva de leis que são absolutamente gravosas ao cidadão, beneficiando poucos, ou ainda totalmente contrárias à constituição e tratados internacionais, inclusive aos direitos humanos fundamentais.

Por fim, tirar uma lei do mundo (quer dizer, até ela ser revogada ou declarada nula pelo judiciário) é um caminho tão demorado e custoso que praticamente impossibilita ou dificulta essa questão; enquanto isso, a lei continua fazendo estragos pela sociedade.

Assim, um projeto de lei, não é apenas um projeto no final das contas, é uma semente. Mas não se pode cultivar espinhos e querer colher frutas.

Para não cultivar semente de espinhos, é direito e dever do cidadão acompanhar e exigir dos políticos que não aprovem certos projetos de lei. E políticos que não submetem seus projetos à aprovação do povo é, no mínimo, um usurpador do poder que é do povo?

Elvis Rossi

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MITOMANIA, SEGURANÇA E ELEIÇÕES

    Voto Universal, Fiscalização do processo eleitoral, Auditoria dos votos, Opiniões, Jornalistas e Livros, proíba qualquer um destes e teremos algo bem diverso de uma democracia.  Certas autoridades do Estado, que deveriam levantar sempre a bandeira da liberdade, vêm aumentando a perseguição e a criminalização da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e até de pensamento. Expor os riscos ou crimes contra um sistema usado para dar concretude à democracia é um dever cívico . Apenas o criminoso, que não quer ser descoberto, pode argumentar contra esse dever.  O sufrágio é o direito que o cidadão tem de escolher seu representante político (é o voto). Fosse um país sério, mecanismos eletrônicos para exercer o voto seria tema contínuo de discussão.  O sufrágio não pode ter intermediários (mesmo nos sistemas que utilizam o voto indireto, escolhendo-se delegados que depois votarão, o voto direto não deixa de existir no caso da eleição do próprio colegiado e deste para o pre

A POLÍTICA DOS DUENDES

Em homenagem a Bernardo Guimarães ("Orgia dos duendes", poema original do autor). I Meia-noite soou no Congresso, No relógio de sino do salão; E o líder, soberano do processo, Sentou-se no assento de decisão. Deputado apanhava os projetos E no plenário debates acendia, Revirando discursos complexos, Para uma reforma de grande folia. Ao lado, um político astuto, Que saíra do antro dos conchavos, Pendurado num cargo pelo umbigo, Manipulava subornos aos favos. Senador, uma figura amarela, Resmungando com ar carrancudo, Se ocupava em frigir na panela Os acordos com propinas e tudo. Ministra com todo o sossego A caldeira do esquema adubava Com o sangue de um velho premente, Que ali mesmo co'as unhas sangrava. Empresário fritava nas banhas Que tirou das entranhas do Estado, Salpicado com pernas de aranhas, Frescos contratos superfaturados. Vento norte soprou lá na sala, Prestígio na mesa espalhou; Por três vezes ecoou a matraca, Na coalizão o deputado acenou. E o líder com as m

O TERMÔMETRO NOSSO DE CADA DIA

O TERMÔMETRO NOSSO DE CADA DIA OU A LIBERDADE É NEGOCIÁVEL?     As coisas andam para uma alienação da liberdade sem precedentes, onde a população simplesmente aceita qualquer coisa vinda do estado, ainda que sem lei, sem comprovação de eficácia e sem importar o resultado de tudo.   Para mim isto beira à psicose.   A palavra “saúde pública” parece que tornou-se um Pir Lim Pim Pim moderno. Saúde não é e nem tem como ser separada da “vida real”, quer dizer, na vida real, em sua complexidade, a saúde, a economia, o trabalho e a liberdade fazem parte de um mesmo ‘pacote’ . Não é possível separar esses elementos como se fosse um livro de anatomia onde a ‘pessoa’ é vista em partes; ora, nem preciso dizer que não é uma pessoa no livro, mas apenas a figura que a representa; a pessoal real estaria sem vida se fosse dividida como nas figuras, já não seria mais a pessoa. A vida real também é assim. Não bastassem as máscaras (e não vou ficar falando de microbiologia, virologia, infect