No reino da jabuticaba, a única vida que tem valor é a dos integrantes do partido dominante. A monstruosidade dessa vez surge de mais um ministro, o da Justiça, antigo ministro do supremo tribunal federal, Ricardo Lewandowski. Embora sua declaração conflite diretamente com a do outro ministro, o Dias Tofoli (para quem o extremo da liberdade de expressão é tirar a vida de alguém), nos parece ainda mais perigosa. Em declaração pública, Lewandowski afirma que “não há nenhum direito absoluto, nem o direito à vida”. A declaração deveria deixar ao menos a comunidade jurídica de cabelos em pé. Dizer que o direito à vida não é absoluto representa um risco não apenas à ordem jurídica, se ainda há alguma, mas à própria essência dos direitos humanos. É a prova acachapante de que o maior valor da sociedade, avida humana, está sendo relativizado e subvertido a olhos nus. Este senhor, mais que sexagenário, sabe muito bem os horrores do morticínio, o democídio que as revoluções socialist...
Descartes propôs chegar à verdade por meio da dúvida. O Círculo de Viena acrescentou a necessidade de verificação. Após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral sem se esquecer a falseabilidade ou refutabilidade, que possa demonstrar que uma ideia/hipótese/teoria pode ser mostrada falsa. A ciência, portanto, é um conhecimento provisório. Por isso a ciência jamais pode impedir o questionamento.