A ânsia de alguns para que o Brasil tome posição sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia chega a causar espanto. Parecem aquelas velhas marias-fumaças movidas a lenha, levantando mais e mais fumaça e clamando por mais e mais lenha. E a lenha, em grande parte, vem da grande mídia.
A realidade é que o Brasil (o Governo, Chefe de Estado, o Presidente) já tomou uma posição de pacificador, sabiamente neutra, como deve ser; afinal, se meter em briga de cachorro grande sem real necessidade, para quê? Aqui seria possível laudas de motivos para a neutralidade, mas a questão é outra.
Estas mesmas marias-fumaças que querem que o Brasil tome partido na guerra (e parece que por aqui há uma comichão que em tudo se deve tomar uma posição, um lado, como se tudo fosse uma partida de futebol e se devesse escolher uma das torcidas), esquecem que política deve ser feita pensando nas pessoas, e não em notícias ou por impulsos emotivos. Como se quem lutasse na guerra fossem os políticos ou os palpiteiros profissionais da mídia (... não custa sonhar).
Muita calma nessa hora. Como Olavo de Carvalho dizia: "é urgente ter calma".
Isso acabou me lembrando do modo de agir "oba-oba" de certos governos pretéritos cuja política era "toca o pau, depois a gente vê o que faz" (algo como "a economia a gente vê depois"), política que culminou em pedaladas, mensalões, petrolões e todos os 'ões' possíveis, que causaram prejuízos cujo legado perdurará ainda por algum tempo (leia-se, para nós trabalhadores honestos). Política porca de gente ainda mais porca, que não se importa com o povo. Como o Governo Dilma, que no auge dos protestos populares, trouxe um avião militar da Venezuela cheio de soldados para Brasília (sabe-se lá para quê, não é?!), e que mandou alguns tanques de guerra ficarem a postos. Esse tipo de política exige uma boa dose de tirania e psicopatia, o que o atual presidente não tem.
É interessante observar, e agora chego ao ponto, como a grande mídia, políticos, onguistas e toda a patota não têm essa pressa, essa ânsia, essa comichão de defender jornalistas e políticos presos por emitir uma opinião, e presos sem cometer crime e sem processo criminal. É interessante como essa mesma patota nem se manifestou quando um jornalista "apareceu" paraplégico nas dependências da Polícia Federal onde estava preso sem processo criminal a mando do STF, ou ainda quando cidadãos, Brasil afora, estavam sendo presos e violentados por policiais por não usarem máscaras ou por abrir uma loja. Que nada dizem contra a violação aos direitos humanos que é o tal passaporte de vacina, ou de uma enormidade de coisas que dão ao Brasil um claro aspecto de ditadura.
Mas façam isso, façam como o tal deputado e o tal coordenador daquele partido, aproveitem a comichão e formem uma comissão e vão, por favor, para lá todos os que já decidiram o lado que está certo na guerra ou que querem que o Presidente escolha um dos lados. Mas vão logo, dignem-se a dar exemplo. Tenho certeza que fretando alguns aviões sairá até mais barato para todos vocês. Contamos com vocês todos por lá.
Eu fico por aqui.
*Elvis Rossi da Silva é cristão, advogado, escritor e jornalista independente registrado no MTP.
FAKING METER baseia-se no princípio da apreciação da discussão sobre cultura e política, um diálogo com verdade e honestidade para com o leitor.
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