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A FRAGILIDADE DO SISTEMA ELEITORAL BRASILEIRO E A DENÚNCIA FEITA PELO PRESIDENTE

 

O Presidente da República Jair Bolsonaro, juntamente com o Deputado Federal Filipe Barros, fez gravíssima denúncia pública a respeito da fragilidade do sistema eleitoral brasileiro (o que já não é novidade para o cidadão da vida real).

 

O Presidente ainda revelou que investigações estão sendo feitas pela Polícia Federal a respeito da fragilidade e a evidente violação dos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral – TSE (inclusive porque em 2018 o próprio tribunal declarou ter sofrido um ataque – uma invasão de seus sistemas -, outra em 2020, nas eleições municipais).

 

Mas a grande mídia e o próprio tribunal insistem em dizer que o leão é manso, ou seja, que não temos de nos preocupar com nada, que o sistema eleitoral brasileiro é perfeito. Será?

 

“TSE pediu à PF apuração sobre invasão 10 dias após segundo turno em 2018. Um pedido encaminhado para a Polícia Federal no dia 7 de novembro de 2018 solicitava investigação sobre uma possível invasão aos sistemas digitais.” (https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/08/04/tse-pediu-a-pf-apuracao-sobre-invasao-10-dias-apos-segundo-turno-em-2018?utm_source=social&utm_medium=twitter-link&utm_campaign=politica--cnn-brasil&utm_content=). (Quem? TSE!)

 

 

Mas o ministro Barroso e o Ministro Alexandre de Moraes insistem em xingar quem quer segurança de: "antidemocráticos" e "espalhadores de fake news", às vezes até de "terroristas". ‘’Data venia, excelentíssimos e meritíssimos ministros!’’, na vida real a coisa não pode ser tratada como um cheque em branco para o Estado (leia-se TSE e STF).

 

O sufrágio propriamente dito não pode ter intermediários. Isto quer dizer, também, que nenhum processo eleitoral pode colocar em risco a vontade do eleitor  (seja mediante voto por correio, ou por aplicativos, ou ‘internet’, ou até por um ET!), não se pode colocar intermediários para ''levar'' o voto da pessoa até onde deve chegar para ser contado, nem ter acesso de estranhos ao processo eleitoral; isso seria uma violação flagrante ao chamado 'princípio da imediaticidade do sufrágio', pois o voto deve resultar imediatamente da vontade do eleitor, sem qualquer espécie de intermediário (intermediar é interferir, buscar obter algo para alguém, é localizar-se no meio de ou entre duas vontades), seja antes ou durante as eleições.

 

Esse princípio está sendo assassinado pelas autoridades eleitorais, pois a potencialidade de ''intermediação'', quer dizer, de interferência externa no voto é evidente e a possibilidade de verificar ou auditar o voto, com o atual sistema, acaba sendo um terrível problema.

 

Se não bastasse, a segurança dos meios eletrônicos não pode ser considerada inquebrável, JAMAIS! Ainda mais em nosso país onde, para se ter uma ideia do problema (além da invasão aos sistemas TSE já MOSTRADO acima), em novembro de 2020 o sistema eletrônico do STJ fora Hackeado (violado/derrubado) permanecendo "fora do ar" por vários dias.

 

Mas, na dúvida, vamos por partes.

 

Em 2019 o Brasil já estava em terceiro lugar no ranking dos que sofrem mais ataques cibernéticos, atrás da China e dos Estados Unidos, conforme relatório global da Symantec.

 

Em 2020, a Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, empresa que analisa incidentes de segurança cibernética, relatou que o Brasil sofreu mais de 3,4 bilhões de tentativas de ataques na internet, de janeiro a setembro de 2020. 

 

A Interpol, de janeiro a abril deste ano (2021), detectou mais de 907 mil spams, 737 incidentes relacionados a malwares e 48 mil links suspeitos, e com relação às denúncias de crimes cibernéticos, de janeiro a dezembro do ano passado, foram registradas 156.692 denúncias anônimas, contra 57.428 em 2019, segundo o site G1. 

 

Não basta? Certo. Então veja.

 

“Hackers invadem sistema do TSE e pegam dados confidenciais. 2018 - Após meses dentro do sistema do TSE, os hackers entregaram as provas da invasão ao Portal de Tecnologia Tecmundo. A grave invasão em pleno período eleitoral, veio a público no início de novembro/2018, mas que, a despeito da sua importância, não mereceu a devida repercussão na imprensa. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sofreu um suposto acesso não-autorizado ao sistema GEDAI-UE da urna eletrônica e teve o código do sistema de carga do software vazado durante a semana anterior ao segundo turno das eleições presidenciais, que ocorreu no dia 28 de outubro. Além do vazamento não autorizado, hackers alegaram que tiveram sucesso ao entrar na intranet do TSE e obter informações privilegiadas e confidenciais, como troca de emails, envio de senhas para juízes, credenciais de acesso etc.” (https://transparenciaeleitoral.org/hackers-invadem-sistema-do-tse-e-pegam-dados-confidenciais/).

 

Veja mais, com calma.

 

“Brasil vira alvo de ataques hackers! Um ataque hacker ao Tribunal Regional Federal da 1.ª Região tirou do ar ontem o sistema do maior tribunal do País. Foi a quarta grande instituição federal a ser atacada em menos de um mês... Nem o Exército conseguiu barrar todas as investidas. Em maio, hackers divulgaram exames médicos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro entre junho de 2019 e janeiro deste ano no Hospital das Forças Armadas... No dia 5, foi a vez do Ministério da Saúde...” (https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/11/28/brasil-vira-alvo-de-ataques-hackers.htm).

 

Outro? 


A expectativa é que os números cresçam nos próximos meses. “Os cibercriminosos estão desenvolvendo e ampliando os ataques em um ritmo alarmante, explorando o medo e a incerteza causadas pela instabilidade social e a situação econômica criada pela covid-19”, disse em nota o secretário-geral da Interpol, Juergen Stock

(https://valor.globo.com/mundo/noticia/2020/08/04/interpol-alerta-para-crescimento-de-crimes-virtuais-durante-a-pandemia.ghtml).

 

Mais um? Ok!

 

“Órgãos públicos notificaram mais de 20 mil ataques hackers em 2020, diz GSI”.

(https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/11/28/brasil-vira-alvo-de-ataques-hackers.htm).

 

Mais um pouco?

 

Diversos episódios de ataques cibernéticos aos sistemas informacionais de diversos órgãos do Poder Judiciário ocorreram nos últimos tempos. “Isso, por sua vez, evidenciou um problema endêmico que se alastra pelo Brasil, e coloca em risco não apenas a integridade do nosso regulamento sobre proteção de dados pessoais, mas também os próprios dados envolvidos e seus respectivos titulares” (https://irisbh.com.br/ataques-hackers-a-orgaos-publicos-e-lgpd-o-que-esperar-do-futuro/).

 

Mais outro ainda.

 

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) e o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) são exemplos de entes estatais que foram paralisados totalmente por causa de  ataques em escalas variadas ao longo de todo o país.” (https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/457670812/hackers-param-o-poder-judiciario-e-o-ministerio-publico-em-sao-paulo).

 

Calma lá! Mais um pouco…

 

“Megavazamento de dados brasileiros expõe fotos de documentos e nome de mães...” (https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/07/31/vazamento-expoe-13-mil-fotos-de-documentos-e-dados-de-227-mi-de-brasileiros.htm).

 

“Operação da PF prende 2 suspeitos de envolvimento em ataque hacker ao STF...” (Quem? STF!)

(https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/06/08/operacao-da-pf-suspeitos-de-ataque-hacker-contra-stf.htm).

 

“Acesso fora de padrão tira site do STF do ar...” (https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/05/07/site-do-stf-fica-fora-do-ar-apos-suposta-tentativa-de-ataque-hacker.htm).

 

“Cibercrime: ataques no Brasil aumentam mais de 300% com a pandemia” (https://olhardigital.com.br/2020/07/03/seguranca/cibercrime-ataques-no-brasil-aumentam-mais-de-300-com-a-pandemia/).

 

 

Ufa! Parece que já deu para entender. Se quer saber mais sobre, recomendo o livro: Ciber Pandemia, de Andréia de Oliveira Costa Gaspar.

 

 

Já falamos aqui no site, sobre o evento do Cyber Polygon, promovido pelo famigerado. Klaus Schwab. O Forum Econômico Mundial - FEM – realizou mês passado o referido evento, que simula um ataque cibernético, o evento tem como participantes dezenas de países e instituições de todo o mundo. “Klaus Schwab, fundador do FEM, justifica o evento dizendo que o mundo deverá se preparar para uma potencial pandemia ainda mais grave que a atual: a pandemia cibernética.” (https://jornalggn.com.br/editoria/cultura/evento-cyber-polygon-a-proxima-pandemia-sera-digital-por-wilson-ferreira/).

 

Diante de tantas evidências não apenas da necessidade de maiores garantias ao sistema eleitoral, mas diante de provas de que o sistema eleitoral e dos tribunais no Brasil não são seguros, ONDE QUER CHEGAR o tão atacado Presidente da República com essa denúncia (nem falo que está sendo apoiado pela maioria dos cidadãos brasileiros de carne e osso que não são nem ignorantes nem antidemocráticos como nos xingam alguns ministros das cortes judiciárias)? Digo: quer garantir a real democracia, evitar fraudes de qualquer natureza e possibilitar a transparência e a publicidade às eleições! Ou seja, garantir justamente o que não existe no sistema eleitoral atual.

 

Diante de tantas provas da fragilidade do sistema eleitoral, o tal princípio que falamos no início deveria ser aplicado sem nenhum problema. Mas qual o motivo de tanta resistência? 


Como advogado, este que vos escreve, não pode se calar quando se trata de um flagrante desrespeito à soberania popular e aos princípios que regem o sufrágio, pilares da democracia.

 

Essa campanha de desinformação ou mesmo de silêncio dos meios de comunicação sobre a vulnerabilidade do sistema eleitoral é um atentado à Constituição, à real democracia, à transparência e segurança nas eleições.

 

Toda tentativa de impedir a publicidade na apuração dos votos, auditabilidade real das urnas e a segurança (inviolabilidade) do sistema eleitoral é evidente crime contra a democracia e a soberania popular.

 

 

 

*Elvis Rossi da Silva é advogado, jornalista independente e escritor.




ADIÇÃO URGENTE! 05-08-2021 Às 12h37



Flávio Gordon, no seu canal do TELEGRAM https://t.me/flaviogordonontelegram , informou que o Presidente Bolsonaro disponibilizou via Twitter os links com os documentos que comprovam que o sistema eleitoral brasileiro, segundo o próprio TSE foi invadido.

Seguem os links informados pelo Presidente da República (
https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1423077930998112260).


Inquérito 1468 da Polícia Federal:

https://bit.ly/2VymI92

Relatório do TSE: 

https://bit.ly/3fwXIpT 

Ofício da denúncia de fraude: 

https://bit.ly/37lJeEQ 

Email do servidor hackeado: 

https://bit.ly/3joaEPN



Não há como negar que é questão de Segurança Nacional e quem nega a apuração está cometendo um atentado à ela. Fica sendo esta notícia um registro e solicitação de apuração pelas autoridades competentes.

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