DO ÓDIO
Hoje serei muito breve, embora o tema seja importante.
A questão não é mero ponto de vista, não é abstrata. Trata-se de um elemento que fora processado e transformado no mais eficaz ingrediente revolucionário que já se produziu, o ódio.
Não vou reproduzir o que Gabriel Liiceanu (Do Ódio, livro que recomendo) descreveu numa análise tão acurada. Porém, chamo à ordem a necessidade de observação dos acontecimentos recentes (sem perder de vista os históricos).
O ódio, embora dito ser tão combatido, é elemento central de inúmeros movimentos sociais (entendam-se também políticos). É o combustível da máquina de transformação social (financiados - sabe-se lá por quê), muito visível em movimentos como BLM (e Movimentos Revolucionários em geral).
Tomado como um método organizado por uma ideologia, ele é "intelectualizado". Toma-se algo terrivelmente destrutivo e o torna um valor positivo a ser alcançado e louvado, um meio justificador de qualquer ação por mais diabólica e absurda.
O louvor ao ódio como algo positivo, o tornar-lhe um valor positivo, é o resultado da sua intelectualização e ideologização. Nas palavras do próprio Gabriel Liiceanu : "o ódio organizado como princípio de governo devastou a sociedade romena: devastou as almas dos homens e as relações entre eles...".
Fica não apenas a dica de leitura, mas um aviso para observarmos a realidade que atravessa o mundo atual e sua incontrovertível consequência quando já se encontra em nosso meio.
Elvis Rossi
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