A PSICOPATIA INSTITUCIONALIZADA
Em 16 de março de 2015 eu escrevi (num velho blog cujo acesso foi perdido/impedido há tempos), sobre a atitude da então presidente da república (Dilma) diante dos protestos que tinham se iniciado lá em 2013.
Na época eu dizia que a Presidente do Brasil, após expressivos protestos da população no dia 15 de março (2015), históricos, não deu as caras para a Nação, mandando seus comensais falarem em seu lugar. Um destes fora o então ministro da Justiça (J. E. Cardozo) que, entre ignóbeis respostas às perguntas ("incompetentemente(?) formuladas" pelos jornalistas) respondeu em coletiva que "não se constrangia diante das manifestações, pois constranger-se seria coisa de não democratas, para democratas, porém, manifestações não trazem constrangimento".
Eu disse ainda que para a psicologia/psiquiatria, contudo, não se constranger é coisa de psicopata, que o discurso daqueles, embora aparentemente coerente, de coerente nada tinha e que a falta de sensibilidade daqueles governantes estava na vala da psicopatia, daqueles a quem lhes faltam os verdadeiros sentimentos morais comuns da humanidade, a compaixão e a culpa. Para aqueles psicopatas, as manifestações não passavam de meras 'manifestações', de atos destituídos de valor social ou político. Um tremelique. Era o que mostrava sua reação e discurso.
Eu disse também que qualquer governante com um mínimo de moral, diante da insatisfação e manifestação de indignação da Nação, ainda mais da forma que ocorreram, teria vergonha natural de dizer que nada sentia.
E mais, disse ainda que eles (aqueles governantes da época) não cumpriam um dever constitucional de bem governar, mas estavam no poder por amá-lo e por mero desejo de dominar.
O discurso vago, eleitoreiro, simplório, falacioso e pretensioso do então ministro (e da então Presidente, portanto) era risível, porém, trágico. Havia, de fato, uma psicopatia instaurada na política nacional (recomendo o livro "Ponerologia: psicopatas no poder").
Eu dizia ainda, no fim daquele artigo, que não poderia a Nação permitir a continuidade desses psicopatas no poder, a não ser que quiséssemos nos submeter a suas chibatas pelos anos vindouros, atados ao pelourinho da farsa, da mentira, da corrupção.
O desprezo à Nação, a tentativa de rebaixar as manifestações à mera insatisfação sem motivo, a um ato "reacionário", de "fascistas", hoje (2020), infelizmente, é regra nos poderes Legislativo (pelos atuais presidentes das casas) e Judiciário da república (este último vem exacerbando-se a ponto de dizerem abertamente que nada devem ao povo).
A ausência de sentimento de culpa, revela-lhes a imoralidade e, mais uma vez repito, a psicopatia. Os pronunciamentos são dos próprios membros dos referidos poderes, nada lhes é imputado falsamente.
Não há sentimento humano, não há humildade, não há reconhecimento de culpa, não há moralidade; a farsa toma conta de cada pronunciamento e cada pensamento distorcido seu é elevado à verdade suprema, acima da vontade do povo, povo que uma vez fora considerado soberano pela própria Constituição.
Se não bastasse (sem falar nos inumeráveis absurdos e coerções realizados por estes sujeitos), surgem hoje (2020) dois discursos odiosos destes mesmos indivíduos: um discurso de perseguição religiosa (perseguição a cristãos, esclareça-se) e um discurso de perseguição política (da população que não mais aceita o pensamento degenerado e homicida da esquerda), dizendo que "a vontade da maioria é tirânica" (Alexandre de Moraes diz que o "papel do STF é evitar ditadura da maioria"), substituindo a vontade do povo pela de 11 sujeitos não eleitos, com cargo vitalício e sem qualquer responsabilidade perante a Nação.
Será que a consequência dos pronunciamentos dessas "autoridades" não seria algo para se pensar, com urgência?
Elvis Rossi
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