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Mostrando postagens de novembro, 2024

TEATRO JUDICIAL E CENSURA

Deixando de lago tudo o que vimos falando nos últimos anos sobre o risco que nossa liberdade corre, o julgamento do Marco Civil da Internet (Lei 12965/2014) parece ser o trojan perfeito para bugar  definitivamente a liberdade política. O julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que coloca em xeque o artigo 19, tem implicações mais profundas do que imagina nossa grande massa de jornalistas e redes de TV. A provável decisão de responsabilizar plataformas digitais, como o WhatsApp, pelo conteúdo publicado por seus usuários antes mesmo de uma ordem judicial ser emitida, levanta questões cruciais não somente sobre privacidade, liberdade civil e expressão, mas os limites do poder estatal nas mãos de alguns agentes do estado. A forma que alguns ministros trataram a questão na última cessão de julgamento (27/11/2024) devia ser suficiente para quem tem apenas dois neurônios ficar com a pulga atrás da orelha. Risadinhas e chacota contra advogados em plena audiência nos revelam os t...

MAIS UM PASSO PARA A CENSURA

  O Brasil não perde tempo, mal surge uma coisa grotesca que, em seguida, vem outra ainda pior, como diz a música da "mosca", do Raul. A distopia tupiniquim se forma a cada dia. Um misto de "O Processo", "1984", "Rebelião dos Bichos", "Fahrenheit 451", "Cântico" e "Casseta e planeta urgente". E vai surgindo sem vergonha de ser feliz (claro que a felicidade é da elite opressora apenas). A diferença da nossa distopia, das demais que se formam pelo mundo, é que a nossa (podemos até chamar de nossa), vem acrescida de insegurança alimentar, insegurança econômica, insegurança física (60 mil homicídios por ano), insegurança jurídica, desemprego, hiper tributação, inflação, superendividamento do consumidor, endividamento das empresas e corrupção política premiada. Perdão, mas a única coisa perfeita por aqui me parece serem as urnas.  Não bastasse conseguirmos os piores resultados mundiais em educação (sem falar que o antigo ...