A liberdade faz parte da natureza humana, a busca de ver-se livre de amarras contrárias ao desenvolvimento do ser; movimento que impulsiona o ser humano ao conhecer, ao saber, ao confrontar de hipóteses e entender o que acontece na vida. Conhecer não corrompe, ao contrário, impele ao exercício de aprimorar o conhecimento. Pensar que o excesso de opiniões ou a existência de opiniões ruins prejudica a sociedade é um engodo, uma falsa lógica, a alógica dos ditadores, dos sensores. John Milton já deixara muito claro há 4 séculos que "O conhecimento não pode corromper as opiniões se a vontade e a consciência não se corrompem. Porque as opiniões são como as carnes e viandas, algumas de boa qualidade, algumas de má qualidade. Deus mesmo, na visão de Pedro diz: "levanta-te, imola e come", deixando a escolha à discrição de cada um. Alimentos saudáveis pouco diferem no mal que fazem para um estômago doente. Da mesma forma, boas opiniões para uma mente pervertida constituem oportu...
Descartes propôs chegar à verdade por meio da dúvida. O Círculo de Viena acrescentou a necessidade de verificação. Após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral sem se esquecer a falseabilidade ou refutabilidade, que possa demonstrar que uma ideia/hipótese/teoria pode ser mostrada falsa. A ciência, portanto, é um conhecimento provisório. Por isso a ciência jamais pode impedir o questionamento.