QUERIA PODER IR É PARA PASÁRGADA Ando cansado de tudo. Dir-me-ia algum purista: hiperbólico! Mas ver o mundo continuar sua aposta para ver o primeiro no fundo do poço, é penoso. A gente se lamenta, maneia a cabeça, se encara ante o espelho, e lá vai a manada trôpega. Queria poder ir é para Pasárgada, mas acho que o mapa perdeu-se num túmulo qualquer. Vou-me, então, é ler mais Bandeira, Tolentino, talvez me engalfinhar com Mallarmé numa noite de segunda chuvosa, ou simplesmente ver a bruma subir em círculos ao céu. Quem sabe assim, mais quebrantado e menos troncho de pensamento, relembre no Pai-Nosso o destino que realmente importa. *Elvis Rossi da Silva. Cristão, pai de família, advogado pós-graduado. Autor de artigos jurídicos, escritor e jornalista independente registrado no MTP. Livros do autor: Circo Do Mundo , Fábulas para Hoje , Pensamentos ao Filho , Contos Para a Infância , Plúrimas ,...
Descartes propôs chegar à verdade por meio da dúvida. O Círculo de Viena acrescentou a necessidade de verificação. Após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral sem se esquecer a falseabilidade ou refutabilidade, que possa demonstrar que uma ideia/hipótese/teoria pode ser mostrada falsa. A ciência, portanto, é um conhecimento provisório. Por isso a ciência jamais pode impedir o questionamento.